Julho de 2019

Em tempos de excessivas informações e acontecimentos caóticos incontroláveis, onde o desenvolvimento do ser se sustenta em tamanha turbulência? Como meros habitantes da terra em nossa breve construção de civilização, vivemos numa época estranha em que ninguém se importa mais com a história. O resultado disso é uma reflexão rasa de que “não valemos nada” ou “não somos ninguém”. São poucos os que se interessam em fazer a história ou escavar o passado para pertencer ao presente e, assim, iluminar um futuro que parece longe de acontecer.

Nos deparamos em um campo de sentimentos banais, em que o filtro do sobreviver esconde a real importância das coisas, fazendo-nos agressores brutos que violentam e intoxicam a Natureza. Ela nos responde com desastres e catástrofes.

A consequência dessa resposta atinge uma população que, em sua maioria saudável, passa a vivenciar situações estremecidas repentinamente, desestruturando a vida de todos de forma violenta e traumática, caminhando o desenvolvimento humano numa corda-bamba de desestabilidade emocional e psíquica.

“Corpos amontoados são só um detalhe na decoração.” Mas quem decora o mundo são os artistas. Cataclismo é a reunião de algumas dessas vozes sensíveis que servem de alimento valioso para a humanidade, nos dando acesso às frestas de luz que vazam nesse futuro nebuloso.